Os meus sonhos nunca dormem

Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento. Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente que dita todas as palavras em impulsos do nada..

Último Poema

Quando o Inverno
se deitar no meu leito
e as flores cantarem aromas
pelos jardins em rosmaninho,
o som da minha voz
for o silêncio das minhas palavras
largadas pelas folhas velhas de papel…

Procurai
pelos cantos mudos da casa
os pedaços timbrados
das minhas emoções,
nelas podereis
tocar tudo o que fui,
a vida que vivi
os sonhos que levantei
toda a ilusão que nunca contei…

Não tenteis
buscar os meus momentos
encontrem somente
o vosso timbre
o sentir para lá da voz do poeta,
se assim as fixares
é porque também em vós
existe razão…sonhos e tempos
cobertos de luz!

Deixo-vos os meus traços
sem tempo em vagas horas
com eles fazei morada para todos,
assim a minha paz
será perpetuada nas brisas primaveris.

Porque no tempo
sois vós
o perpetuar da minha vida
da razão
que sempre moveu
todas as minhas entranhas
um toque para lá dos corpos
vestidos da essência materna
que a minha alma proclama
no som do olhar…

Será esta a verdade
pela qual sempre vivi,
aquela que em vós aprendi
a única palavra que alcança
o universo palpável
o amor
que colhi do vosso mundo!

Se algumas vezes
vós transmiti silêncio
foi para que pudessem escutar
os ruídos do mundo,
nele aprendessem a voar
com as vossas frágeis asas!




Dedicado aos meus filhos Cátia e Edgar
 

O meu Novembro

Eu não conto Primaveras
reúno Outonos
nascidos do Verão
que me embalaram o berço,
nutriram o meu desenvolver
me elevaram ao expoente
de ser a idade madura
com toda a ternura...

Desfio mais um Outono
no crepitar da lareira
aconchego mais um ano,
o ano transacto
com tantos pedaços…
Pêndulos dentro do olhar,
viragens e aprendizagens
acolhidas na leve forma
do meu caminhar…

É de Outono
que se veste a minha Primavera
nas margens
em que os poros fluem,
contagem crescente
de mais uma viagem
com a bagagem repleta de passado
rumo ao futuro a receber do hoje
a imensidão de um dia
eterno de gratidão!



 

 

 

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Fronteiras vazias

 

Um dia ouvi

Que por de trás do ódio

Existe amor!

Então meditei…

Vasculhei

O ódio em mim não encontrei…

Volvi assim

Todo o amor,

O presente sentido

E o deixado de lado

Pelos largos dias corridos…


 

…Retornei

Mais que uma vez…

…Não encontrei,

O ódio

Nem sombras

Em todos os largos amores

Vividos…

Encontrei sim!

Passado

Lembranças

Que fortaleceram o meu ser…

Fronteiras vazias

Sem ruído…


 

Ah! Mas não desisti!

Continuei…


 

E sim encontrei

O ódio em amargos olhares

Em escombros de mármore

Inanimados

Em descoloridas vidas

Com chagas abertas

Paradas no tempo

Num campo sem vento

E deitadas ao relento…


 

A razão, não sei!

Apenas persevero o meu trilho

Visto o molde do amor,

na exacta medida da razão...


 

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BEM VINDOS

 

De silêncio em silêncio descubro o verdadeiro som das palavras universais 

 

Com uma única palavra alcanço o mundo

AMOR

 

NUANCES DE UM SILÊNCIO A DOIS

 

 Um casal, dois escritores,

que num diálogo poético desfolham

ao longo das páginas sentimentos

muito próprios e íntimos,

como que em duelo de canetas,

produzindo escritos ímpares.

 
Livro de poesia

 

 

O TACTO DAS PALAVRAS

UM LIVRO DE EMOÇÕES INTIMISTAS MAS UNIVERSAL, CADA LEITOR VAI POR CERTO ENCONTRAR-SE NESTA PALAVRAS PALPAVÉIS

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 TU CÁ, TU LÁ

Antologia poética  de 15 autores

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Dolores Marques

 

 

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