Os meus sonhos nunca dormem

Deambulações

 

Sentei-me na cadeira de baloiço, onde gosto de meditar, erguer o pensamento e nas asas da coerência voar…observei o espaço onde me movo entre palavras, rostos e avatares.

Tudo que contemplo é um espaço amplo por onde todos e tudo têm lugar.

As boas novas e novas tão antigas como o tempo, a iniquidade viaja pelos menos trilhos que a claridade e quantas vezes vestida da mesma cor.

Já recebi punhais de mãos sem nada e gestos de louvor de avatares de grande emoção, confiar e entregar num rosto oculto tudo que somos na forma de “sermos”.

Fiz um regresso ao passado…antes de tudo, e nada disto era possível nem sequer imaginário na ilusão de cada poeta ou amante da escrita…

Mas este é o mero instrumento, aquele que me ensina me comove e me faz partilhar as palavras que de mim se soltam. Saber que uma palavra dá emoção e vida a um outro olhar!

O motivo da divagação é mesmo esta ferramenta que se toca com a sensível ponta dos dedos, ou com as raízes da perversidade que existe e todos sabemos que sim. Pensar que é só na casa ao lado que caí o telhado é o mais crasso erro da humanidade!

Nesta viajem de baloiço oscilam os pensamentos e descubro que somos instrumentos vulneráveis, como que um clic de sedução e corremos de passo certeiro ao encontro do abismo. Deambulei mais um pouco e uma explosão de sensações acordou a minha mente…

Bem mas como o dever também me chama, lá fui eu para a cozinha preparar o jantar. Hoje a ementa é carne assada e foi necessário cortar em fatias bem finas, para este fim fui buscar a faca bem afiada ao fundo da gaveta…e pois! Dei por mim a olhar para a faca na minha mão e uma voz gritava no meu silêncio: Esta faca é bem afiada corta a carne na perfeição…mas e se eu a usar para…

 

 

 




 

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De silêncio em silêncio descubro o verdadeiro som das palavras universais 

 

Com uma única palavra alcanço o mundo

AMOR

 

NUANCES DE UM SILÊNCIO A DOIS

 

 Um casal, dois escritores,

que num diálogo poético desfolham

ao longo das páginas sentimentos

muito próprios e íntimos,

como que em duelo de canetas,

produzindo escritos ímpares.

 
Livro de poesia

 

 

O TACTO DAS PALAVRAS

UM LIVRO DE EMOÇÕES INTIMISTAS MAS UNIVERSAL, CADA LEITOR VAI POR CERTO ENCONTRAR-SE NESTA PALAVRAS PALPAVÉIS

 Livro de poesia

 

 TU CÁ, TU LÁ

Antologia poética  de 15 autores

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Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento. Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente que dita todas as palavras em impulsos do nada..

Último Poema

Quando o Inverno
se deitar no meu leito
e as flores cantarem aromas
pelos jardins em rosmaninho,
o som da minha voz
for o silêncio das minhas palavras
largadas pelas folhas velhas de papel…

Procurai
pelos cantos mudos da casa
os pedaços timbrados
das minhas emoções,
nelas podereis
tocar tudo o que fui,
a vida que vivi
os sonhos que levantei
toda a ilusão que nunca contei…

Não tenteis
buscar os meus momentos
encontrem somente
o vosso timbre
o sentir para lá da voz do poeta,
se assim as fixares
é porque também em vós
existe razão…sonhos e tempos
cobertos de luz!

Deixo-vos os meus traços
sem tempo em vagas horas
com eles fazei morada para todos,
assim a minha paz
será perpetuada nas brisas primaveris.

Porque no tempo
sois vós
o perpetuar da minha vida
da razão
que sempre moveu
todas as minhas entranhas
um toque para lá dos corpos
vestidos da essência materna
que a minha alma proclama
no som do olhar…

Será esta a verdade
pela qual sempre vivi,
aquela que em vós aprendi
a única palavra que alcança
o universo palpável
o amor
que colhi do vosso mundo!

Se algumas vezes
vós transmiti silêncio
foi para que pudessem escutar
os ruídos do mundo,
nele aprendessem a voar
com as vossas frágeis asas!




Dedicado aos meus filhos Cátia e Edgar
 

O meu Novembro

Eu não conto Primaveras
reúno Outonos
nascidos do Verão
que me embalaram o berço,
nutriram o meu desenvolver
me elevaram ao expoente
de ser a idade madura
com toda a ternura...

Desfio mais um Outono
no crepitar da lareira
aconchego mais um ano,
o ano transacto
com tantos pedaços…
Pêndulos dentro do olhar,
viragens e aprendizagens
acolhidas na leve forma
do meu caminhar…

É de Outono
que se veste a minha Primavera
nas margens
em que os poros fluem,
contagem crescente
de mais uma viagem
com a bagagem repleta de passado
rumo ao futuro a receber do hoje
a imensidão de um dia
eterno de gratidão!



 

 

 

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