
Os meus sonhos nunca dormem
Para lá do horizonte
Para lá do horizonte onde o sol desperta todos os dias, existe um universo a descobrir…
Acções heróicas tão longe de tudo e muito perto da original forma onde persiste…
É no fascínio do firmamento que o olhar procura o pensamento, no ritmo de um violino
que chora nas mãos que lhe dão vida.
São círculos e triângulos increpáveis, imortais nesta cadência efémera que se esvai a cada momento de demora.
Absolutamente os acasos que germinam em pedaços de cordel nos movimentos que vasculham a razão nas rotações dos pequenos átomos que se agigantam pela proximidade das sensações.
Palavra a palavra os ritmos internos desenvolvem-se a escutar no meio do alvoroço dos ruídos externos,
O silêncio grita, clama e fala mesmo assim, indiferente.
A terra ressoa vapores num elixir de mistérios nas ondas magnéticas da expectativa que liberta a descoberta.
A tirania e embriagues dos ocultos da claridade ofusca o esplendor das correntes nascentes, decai lentamente na forma transversal da levitação ocasional do tempo…
A hora anuncia prenúncios muito devagar nos ponteiros das ilusões que se acomodam e propagam nas torres de cada horário similar.
E para lá do horizonte cada segundo é um recomeço, sem pressa…
É assim que em qualquer céu se anuncia um novo dia, em cada lugar que marca o coração em sons do vento enaltecidos no gradeamento de cada janela…
De silêncio em silêncio descubro o verdadeiro som das palavras universais
Com uma única palavra alcanço o mundo
AMOR
Um casal, dois escritores,
que num diálogo poético desfolham
ao longo das páginas sentimentos
muito próprios e íntimos,
como que em duelo de canetas,
produzindo escritos ímpares.
Livro de poesia
O TACTO DAS PALAVRAS
UM LIVRO DE EMOÇÕES INTIMISTAS MAS UNIVERSAL, CADA LEITOR VAI POR CERTO ENCONTRAR-SE NESTA PALAVRAS PALPAVÉIS
TU CÁ, TU LÁ
Antologia poética de 15 autores
Organização de
Dolores Marques
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento. Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente que dita todas as palavras em impulsos do nada..
Último Poema
Quando o Inverno
se deitar no meu leito
e as flores cantarem aromas
pelos jardins em rosmaninho,
o som da minha voz
for o silêncio das minhas palavras
largadas pelas folhas velhas de papel…
Procurai
pelos cantos mudos da casa
os pedaços timbrados
das minhas emoções,
nelas podereis
tocar tudo o que fui,
a vida que vivi
os sonhos que levantei
toda a ilusão que nunca contei…
Não tenteis
buscar os meus momentos
encontrem somente
o vosso timbre
o sentir para lá da voz do poeta,
se assim as fixares
é porque também em vós
existe razão…sonhos e tempos
cobertos de luz!
Deixo-vos os meus traços
sem tempo em vagas horas
com eles fazei morada para todos,
assim a minha paz
será perpetuada nas brisas primaveris.
Porque no tempo
sois vós
o perpetuar da minha vida
da razão
que sempre moveu
todas as minhas entranhas
um toque para lá dos corpos
vestidos da essência materna
que a minha alma proclama
no som do olhar…
Será esta a verdade
pela qual sempre vivi,
aquela que em vós aprendi
a única palavra que alcança
o universo palpável
o amor
que colhi do vosso mundo!
Se algumas vezes
vós transmiti silêncio
foi para que pudessem escutar
os ruídos do mundo,
nele aprendessem a voar
com as vossas frágeis asas!
Dedicado aos meus filhos Cátia e Edgar
O meu Novembro
Todo o conteúdo deste site é da minha autoria.
Poemas, prosas e contos registados no IGAC
Proibido copiar sem autorização